segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Espírito Santo e os Dons NecessáriosPaulo ensinou e advertiu que os cristãos buscassem com zelo os
dons espirituais. Paulo sabia desta necessidade, porém não desconhecia o
fato de que, nesta busca, se feita desastradamente, fora do plano do
Céu, poderia haver grande confusão e perversão que conduziria a
malefícios para o cristão e a igreja.

Cremos
sinceramente nos dons espirituais. Achamo-los fundamentais e
necessários hoje. Mas como pesquisadores do Livro Santo, receamos que
algumas pessoas estão sendo enganadas pelas artimanhas do maligno.
Os dons espirituais que são necessários à
igreja parece que foram concentrados em apenas dois, o de curar e o de
línguas. Pelo menos, tanto quanto sabemos, são os mais buscados e
desejados. Afirmamos, há necessidade de vigilância, porque, para toda
grande verdade de Deus, Satanás tem criado uma grande mentira, paralela.
Satanás é grande conhecedor da Bíblia, e dela está se valendo para
introduzir suas próprias idéias, e assim alcançar, imperceptivelmente,
seus reais objetivos, cauterizando mentes no engano. Até mesmo em
sua situação simples e sincera, um cristão que busca e se esforça por
obter um dom espiritual pode ser envolvido por este ser que deseja a
todos enganar.

Dom de Línguas

Com relação ao dom de línguas, há flagrante desvirtuação na atualidade,
pois milhares são os que crêem que só se recebe o Espírito Santo se
falar "línguas estranhas". E há mesmo quem afirme que, quem não fala "línguas estranha" é um cristão incompleto, não restaurado, cristão de segunda classe, etc.  Grant é
categórico: "... receber o batismo sem falar línguas estranhas é
impossível... a língua celestial será a senha para a entrada no Céu". O Batismo no Espírito Santo, Grant, págs. 81,97, 99 e 123.
  • Que diz a Bíblia? A doutrina de que cristão que não fala em
    "línguas" não foi batizado pelo Espírito Santo não tem fundamento,
    porque, estes crentes receberam o Espírito Santo e não falaram em "línguas":



João BatistaLucas 1:13 a 17
Maria, a virgem virtuosaLucas 1:34 e 35
Izabel, prima da virgem MariaLucas 1:39 a 41
Zacarias, o pai de João BatistaLucas 1:67 e 68
Jesus Cristo, de forma singularLucas 3:21 e 22; Lucas 4:1 e 2
Os sete diáconos da Igreja apostólicaAtos 6:1 a 7
Estevão, o primeiro mártirAtos 6:8 a 10
Os samaritanosAtos 8:14 a 17
E finalmente, Paulo, o zeloso dos dons espirituais, nunca falou as "línguas"
que são usadas no neo-pentecostalismo atual, como sendo a confirmação
do crente ter recebido o Espírito Santo. Porém Paulo e Barnabé receberam
imposição de mãos, foram separados e batizados pelo Espírito Santo, e
não falaram "línguas". (Atos 9:17 a 19; Atos 13:2 e 3).

Língua "Estranhaou Idiomas?
Na expressão "línguas estranhas" em I Coríntios
14:2 a 6, pode-se notar que a palavra estranha está grifada, isto é,
escrita diferente para informar que o tradutor não encontrou no
original; ali foi colocada para dar sentido amplo. Porém, no mesmo
capítulo, (v. 19), está explícito: "língua desconhecida", e, esta, sim, está correta, no original. Para melhor esclarecimento, leia em I Coríntios 12:10 e 28, onde Paulo declina a expressão: "variedades de línguas",
que grandemente define tratar-se de um outro idioma, e não manifestação
de sons desconexos e estáticos pretendido hoje, como sendo o dom de
línguas. Sons e enunciações incompreensíveis sempre foram
características do paganismo, e hoje são comuns nas reuniões espíritas,
nos candomblés e centros umbandistas.
Os termos "línguas desconhecidas e variedades de línguas" estão mais adequados do que "línguas estranhas",
porque na realidade a manifestação do dom caído sobre os discípulos no
Pentecostes, não foi senão a grande verdade de que eles falaram línguas
desconhecidas, sim, para eles, mas línguas existentes; eram idiomas
estrangeiros. Sobretudo aquela era uma ocasião especial. O dom era
necessário, supremamente necessário.
  • Sabe por quê?
  • Note bem: Jesus comissionou os discípulos: "portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo." (Mateus 28:19). E a quem Jesus deu esta ordem? A pessoas indoutas, pescadores e camponeses, que falavam apenas o aramaico, limitado e simplesE no entanto a ordem de âmbito mundial ecoava: IDE! Sabe, irmão, Deus nunca pede nada ao homem sem lhe conceder os meios e condições de cumprir Sua ordem.
Encontravam-se, pois, os discípulos reunidos em Jerusalém, diante
de uma multidão de pessoas: "... de todas as nações que estão debaixo do
céu... partos, medos, e elamitas; e os que habitavam a Mesopotâmia,
Judéia, Capadócia, Ponto, Ásia, Frígia, Panfília, Egito e as partes da
Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como
prosélitos, cretenses e árabes ouviram em suas próprias línguas, as
grandezas de Deus." (Atos 2:9 a 11). O cenário estava pronto, e, diante
do "mundo", os discípulos. O que fazer cercado desses representantes de
todas as nações da Terra? Como aproveitar a grande oportunidade? Observe
a narração de Lucas:
  • "E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar NOUTRAS LÍNGUAS conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (Atos 2:4)
Graças a Deus foi resolvido o problema; os discípulos falaram OUTRAS LÍNGUAS,
não "línguas estranhas" (incompreensíveis). Falaram as línguas dos
cretenses, árabes, romanos, egípcios, líbios, enfim, os idiomas daqueles
que foram a Jerusalém, procedentes de todas as nações da terra. A
preocupação de Lucas ao fazer uma lista tão extensa de 16 países
presentes em Jerusalém deixa antever claramente tratar-se de idiomas
existentes, isto é, línguas de diversas nacionalidades.
Queremos que você entenda, que o termo "língua estranha" é estranha porque na verdade os discípulos falaram línguas que não eram estranhas (esquisitas); eram línguas desconhecidas, para eles, porém existiam, e passaram a falá-las fluentemente.
Reafirmamos: Eram as línguas dos estrangeiros que estavam em Jerusalém a
fim de participar da Festa de Pentecostes, que afluíram naquele dia, e
estes mesmos estrangeiros se maravilhavam em ver aqueles discípulos,
embora indoutos, falando em suas próprias línguas, das grandezas de Deus
(Atos 2:11). Que grande benção Deus conferiu aos discípulos, capacitando-os a cumprir o IDE.
Quando aqueles forasteiros voltaram para suas nações, cada um
maravilhado, levou a mensagem, de um Jesus que salva e liberta do
pecado; e então foram mensageiros aos seus conterrâneos, dando
testemunho vivo a favor do Evangelho de Cristo. Amém! Graças a Deus!

Tenho ou Não o Espírito Santo?

Há uma desconfortável doutrina corrente nos meios evangélicos
pentecostalistas de que os crentes que não falam 'línguas' "são templos
desertos, apesar de terem dez ou quinze anos de convertidos e de
fidelidade ao Senhor, levando-os deste modo a chorarem e lamentarem sua
orfandade e abandono." Elemer Hasse, Luz Sobre Fenômeno Pentecostal, pág. 24.
Assim os crentes são ensinados a buscarem constantemente com ambição o "sinal" do batismo - línguas.
Se as emoções desgovernadas e as confusões de vozes que são a
confirmação se sua fé não ocorrem, ficam em dúvida quanto à sua
experiência com Cristo, mostrando desde modo, incerteza da salvação e
aceitação por Jesus; mas, se ocorrem as "línguas", tudo está resolvido, pensam!
Precioso irmão, se somos filhos de Deus (Romanos 8:16 e 17), cristãos
legítimos, tenhamos a doce convicção a nos inflamar a alma de que temos o
Espírito Santo. Sim, todos os filhos do Pai Celeste estão selados com
Ele. Senão: "Pense na sua experiência com Cristo. Lembre-se do tempo em
que andavas sem paz, não tendo esperança no mundo. Enquanto isso,
silenciosa e pacientemente Alguém tocava em sua consciência -
eram aqueles momentos de intranqüilidade. Certo dia a insistência foi
maior: "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e
abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei e ele comigo"
(Apocalipse 3:20). Você abriu. [Bendito aquele dia!] E fez-se luz dentro
de você. Você viu quão negra era sua vida.
Aquele Ser divino começou uma reforma ampla no templo do seu coração.
Expulsou Satanás com sua vontade; varreu, lavou, arrumou, enfeitou e
perfumou a habitação agora renovada para morada do Pai, do Filho e do
Espírito Santo.





I Coríntios 3:16 e 17



I Coríntios 6:12 a 20



II Coríntios 6:14 a 18



Efésios 2:19 a 22

  • Quando tudo estava pronto, o Espírito de Deus saiu, deixando o templo purificado de sua alma a mercê dos demônios?
  • Não! Graças a Deus. Desde então Ele nunca mais lhe
    deixou. Habitou seu coração, fechou-o por dentro, selando-o assim para o
    Céu. Quando Satanás voltou e bateu à sua porta, veio uma voz interior:
    'Aqui não há lugar para você. Este coração está fechado para o mundo e
    selado para o dia da redenção!'" - Elemer Hasse, Luz Sobre Fenômeno Pentecostais, pág. 23 e 24. Sim, irmão, esta atuação silenciosa mas positiva, sem nenhum gesto estranho ou barulhento em seu coração que anseia uma completa harmonia, é a segura palavra paulina:
II Coríntios 1:22 - "O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nosso coração". - Penhor é uma expressão proveniente do grego arrabónArrabón é "um sinal usado nas transações comerciais para garantir o resto do pagamento de uma compra."
Como fomos definitivamente "comprados no Calvário", temos a plena,
absoluta e total garantia de receber o Espírito Santo, para nos guiar,
convencer, orientar, ajudar... Portanto, a promessa divina é que o
crente tem o Espírito Santo. Essa certeza deve povoar a mente do
cristão. O Espírito é a promessa segura do Céu para nós. Faz parte de
nossa herança eterna. Ele habita em cada pessoa regenerada.


João 14:16 e 17João 14:25 e 26João 16:8 a 15
Romanos 8:9Efésios 1:13; 4:30Atos 5:31 e 32






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Espírito Santo e os Dons NecessáriosPaulo ensinou e advertiu que os cristãos buscassem com zelo os
dons espirituais. Paulo sabia desta necessidade, porém não desconhecia o
fato de que, nesta busca, se feita desastradamente, fora do plano do
Céu, poderia haver grande confusão e perversão que conduziria a
malefícios para o cristão e a igreja.

Cremos
sinceramente nos dons espirituais. Achamo-los fundamentais e
necessários hoje. Mas como pesquisadores do Livro Santo, receamos que
algumas pessoas estão sendo enganadas pelas artimanhas do maligno.
Os dons espirituais que são necessários à
igreja parece que foram concentrados em apenas dois, o de curar e o de
línguas. Pelo menos, tanto quanto sabemos, são os mais buscados e
desejados. Afirmamos, há necessidade de vigilância, porque, para toda
grande verdade de Deus, Satanás tem criado uma grande mentira, paralela.
Satanás é grande conhecedor da Bíblia, e dela está se valendo para
introduzir suas próprias idéias, e assim alcançar, imperceptivelmente,
seus reais objetivos, cauterizando mentes no engano. Até mesmo em
sua situação simples e sincera, um cristão que busca e se esforça por
obter um dom espiritual pode ser envolvido por este ser que deseja a
todos enganar.

Dom de Línguas

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A ação do Espírito Santo na vida da igreja

Referência: Zacarias 4.6
Sem a ação do Espírito Santo não haveria nenhum crente e nenhuma igreja existiria.
O Espírito Santo é quem aplica a obra de Cristo em nosso coração. Ele é quem gera vida: biológica e espiritual.
I. A NECESSIDADE DE SE ESTUDAR SOBRE O ESPÍRITO SANTO
O Credo Apostólico dá pouca ênfase ao Espírito Santo. Diz apenas: “Creio no Espírito Santo”, mas nada fala de seus atributos nem de suas obras.
No período dos pais da igreja e durante a Idade Média nenhum obra de vulto foi escrita sobre o Espírito Santo.
João Calvino foi chamado “o teólogo do Espírito Santo”. Ele teve uma visão orgânica da Pessoa e Obra do Espírito Santo, embora não tenha escrito nenhuma obra específica.
O puritano inglês, John Owen, maior teólogo da Inglaterra, escreveu uma obra clássica sobre o Espírito Santo.
Abraham Kuiper, teólogo, político e educador holades, escreveu uma obra de grande vulto sobre o Espírito Santo e disse: “Se os ministros não derem crédito à obra do Espírito Santo, darão pedra em vez de pão ao seu rebanho”.
John Stott diz que o maior problema da igreja hoje é a polarização. Uns distocem a doutrina do Espírito Santo; outros só falam dela. Outros, ainda, apagam o Espírito.
J. I. Packer, no seu livro Na Dinâmica do Espírito, falou que o Espírito Santo tem o ministério do holofote. Disse ele: “O Espírito age como um holofote oculto que focaliza a sua luz no Salvador, fazendo-o resplandecer. A mensagem do Espírito para nós nunca é: olhe para mim; escute-me; venha a mim; conheça-me; mas sempre é: olhe para Jesus e veja a sua glória; ouça-o e escute as suas palavras; vá a ele e tenha vida. Conheça-o e prove o seu dom de alegria e paz.
O Espírito é o aplicador da obra de Cristo. Sem o Espírito Santo a obra de Cristo não poderia nos valer. Ilustração: Uma pessoa pode morrer dentro de uma farmácia se o remédio eficaz para a sua cura não lhe for aplicado. A obra do Espírito Santo é tão importante como a obra de Cristo.
Hoje, quando se fala no Espírito Santo, quase só se pensa em dons, especialmente os dons de sinais. Não se pode restringir a ação do Espírtio Santo aos dons. Não somos apenas carismáticos, somos pneumáticos.
II. A NECESSIDADE DE SE REINFATIZAR A AUTORIDADE DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA
1. No século XVII surgiu um grande conflito: um grupo que depois foi cognominado de QUAKES afirmava que “nada importava a não ser a autoridade do Espírito; nada importava senão a luz interior, a experiência íntima”. As Escrituras não eram necessárias. Isso é um engano. “O Espírito Santo dirá tudo o que tiver ouvido…” (Jo 16:13). O Espírito Santo nos guia pela Palavra.
2. Mas há um outro extremo: É negligência acintosa à autoridade do Espírito Santo na vida da igreja. Na Igreja apostólica, eles diziam: “Pois parecebeu bem ao Espírito Santo e a nós…” (At 15:28). Hoje, as eleições conciliares, com algumas exceções, já são decididas na véspera. Cada voto é disputasdo, é computadorizado. A oração pedindo a direção do Espírito é uma afronta à soberania do Espírito.
3. Quais as razões dessa negligência?
a) Nos meados do século XIX aconteceram grandes reavivamentos na Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda e Estados Unidos. As pessoas eram sensíveis ao Espírito Santo. As pessoas não estavam preocupadas consigo mesmas, ou com posição ou dignidade.
A idéia do culto solene – Logo depois, introduziu-se outra idéia e as pessoas começaram a falar acerca de um culto solene – a ênfase era a capacidade intelectual do pastor, mais importante do que sua consagração e enchimento do Espírito.
O medo do entusiasmo – O medo de cairmos no exagero e excesso de alguns segmentos evangélicos, levaram-nos ao medo das emoções. Não há cristianismo sem emoção. Vemos na Bíblia o choro pelo pecado. A alegria indizível e cheia de glória. Quem compreende a verdade e não se emociona nunca entendeu a verdade. J. I. Packer no seu livro Na Dinâmica do Espírito fala que não há nada mais solene do que um cadáver. Mas, ele está morto.
O medo do Espírito Santo – NO SPS quando os seminaristas se reuniam para orar eram vigiados com medo que se tornassem pentecostais. Dr. Oto Guanães Dourado disse que recebemos uma herança anti-pentecostal, anti-espiritual e anti-Espírito Santo.
Só o conhecimento da teologia não basta – Temos uma doutrina maravilhosa, mas se não for banhada pelo óleo do Espírito, tornamo-nos com a igreja de Éfeso, ortodoxa, operosa, mas sem amor.
4. Os esforços da igreja para recuperar a autoridade – A igreja tem consciência de que lhe falta algo. Essa falta não está em Deus, na Palavra, mas em nós. A igreja fala de poder, mas não tem poder.
a) A Palavra de Deus era a verdade na boca de Elias. Na boca de muita gente a Palavra de Deus não tem o poder da verdade.
b) O bordão profético na mão do Geazi não teve poder para ressuscitar o menino morto, mas na mão de Eliseu sim.
4.1. No final do século XVII e começo do século XVIII a igreja começou a sentir que estava perdendo sua autoridade:
Decidiram então FUNDAR UMA NOVA SÉRIE DE PRELEÇÕES. O objetivo dessas conferências era: defender a fé cristã e produzir um sistema de argumentos e apologética em defesa da fé.
Mas, não foram as preleções de BOYLE, nem as obras de BUTLER que restabeleceram a posição da igreja e restauraram a sua antiga autoridade. Foi através do Espírito Santo na vida de George Whitefield e John Wesley na Inglaterra e Jonathan Edwards, nos Estados Unidos. O que as preleções não puderam fazer o Espírito Santo fez.
4.2. No início do século XIX, a igreja sentiu mais uma vez a perda do poder. O que fazer?
Conferir mais autoridade ao pregador. Afastá-lo mais das pessoas. Precisa investí-lo de uma aura de autoridade. O pregador deverá vestir-se de uma maneria diferente. Puxaram-no para um lugar mais alto, o altar. Assim as pessoas o escutariam.
Mas o poder não veio por este canal. Veio quando o Espírito Santo foi derramado em 1857 na América. Foi Deus intervindo com o seu Espírito e não as tentativas dos homens que reergueram a igreja.
Hoje estamos a perguntar: como podemos atingir as massas que estão lá fora? Como causar impacto? Publicidade? Propaganda? Preocupação social mais ativa? Fazer mais uso do rádio e TV. O método de Deus é o mesmo: através do poder do seu Espírito.
III. A NECESIDADE DE SE CONHECER O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DA IGREJA
1. O Espírito Santo é quem nos convence de pecado (Jo 16:9)
Não há arrependimento sem a ação do Espírito Santo.
Tem havido pouca convicção de pecado em nosso meio. Falta lágrimas de arrependimento. Falta tristeza pelo pecado.
Há muito ajuntamento e pouco quebrantamento. As pessoas não gostam de ser confrontadas. Exemplo: Prega sobre os judeus, não há nenhum aqui.
Evan Roberts: Senhor, dobra a minha vida.
2. O Espírito Santo é quem nos regenera (Jo 3:5,8; Tt 3:5; Ez 37)
O Espírito Santo é livre – Ele sopra aonde quer. O Espírito Santo onde jamais sopraríamos. Ele apanha as coisas loucas para envergonhar as fortes. Exemplo: O colportor do Rio que foi convertido em Bangu I lendo um dos meus livros.
O Espírito Santo é soberano – Ninguém pode deter o vento. Ele chama e chama irresistivelmente. O Espírito Santo dirige, fala, escolhe, separa.
O Espírito Santo é incompreensível – Não sabes de onde vem nem para onde vai. Ele não pode ser domesticado, controlado.
O Espírito Santo é sobrenatural – O homem não pode soprá-lo nem produzí-lo. “O que é nascido da carne é carne”. O homem não pode mudar a si mesmo.
3. O Espírito Santo é quem nos santifica – (Lc 3:3-6; 2 Ts 2:13; 1 Co 6:11; Ef 1:4).
O Espírito Santo nos transforma. Não é reforma, apenas uma caiação, um verniz.
Stanley Jones diz que o maior inimigo do cristianismo é o subcristianismo.
Maratma Gandi disse: “No vosso Cristo eu creio, eu só não creio no vosso cristianismo”.
Estamos desesperadamente precisando de santificação. Os crentes estão vivendo como aqueles que não conhecem a Deus: no lar, nos negócios, no lazer.
4. O Espírito Santo transforma o nosso corpo em santuário e habitação de Deus (1 Co 6:19).
Êxodo 25:8 diz que Deus fez um santuário para habitar no meio do povo.
Esse santuário foi feito de acácia. Depois corpo de ouro. Lá estava a arca da aliança onde a glória de Deus se manifestava. Onde ia o santuário, ia transportando a presença de Deus. Deus habita em nós. Onde você vai, você vai transportando a presença de Deus.
Seu corpo é um templo. Sua vida um culto. Suas ações uma liturgia.
5. O Espírito Santo é o nosso intercessor espiritual (Rm 8:26-27)
O Espírito Santo nos assiste em nossa fraqueza. Temos fraquezas. A força não vem de dentro, mas do alto. Ele não nos escorraça porque somos fracos, mas nos assiste.
O Espírito intercede por nós: 1) Intensamente; 2) Agonicamente; 3) Eficazmente.
6. O Espírito Santo é quem nos dá vitória sobre o pecado (Gl 5:16,24)
Só mediante a força, o poder do Espírito Santo pode crucificar a carne com suas paixões e desejos. Só quando somos cheios do Espírito Santo podemos vencer o pecado que tenazmente nos assedia.
Se alimentamos o Espírito, vencemos. Exemplo: o cão preto e o cão branco.
7. O Espírito Santo é a fonte da vida abundante (Jo 7:37-39)
Deus tem para nós uma fonte que jorra para a vida eterna.
Jesus falou de rios de água viva que fluem do nosso interior.
Dwight Limman Moody e sua experiência de plenitude.
Os crentes que foram cheios do Espírito Santo no Pentecoste viveram uma vida superlativa, abundante: oração, Palavra, comunhão, testemunho.
8. O Espírito Santo é a garantia da nossa Salvação (Ef 1:13-14)
O Espírito é o selo: Propriedade + Inviolabilidade + Autenticidade.
O Espírito é o penhor: garantia + anel de noivado.
9. O Espírito Santo é quem nos dá poder (Lc 3:16; 3:21-22; 4:1; 4:14; 4:17-18; 24:49; At 1:3-5,8; 2:4; 4:8; 4:31; 1 Co 2:3-5; 1 Ts 1:5)
Jesus não abriu mão do poder.
A igreja apostólica não abriu mão do poder. Os discípulos já eram regenerados. Eles já possuíam o Espírito Santo, mas eles não estavam cheios do Espírito Santo. Eles precisavam ser revestidos com o poder do Espírito Santo.
Nós, que cremos, também temos o Espírito Santo, mas precisamos do revestimento do poder para testemunhar, para viver, para morrer, para perdoar, para fazer a obra (Zc 4:6).
A ordem de Deus é: enchei-vos do Espírito: Imperativo + Plural + Voz Passiva + Presente Contínuo.
CONCLUSÃO
Conclamo a nossa igreja a honrarmos o Espírito Santo.
Temos pecado contra o Espírito:
a) Temos entristecido o Espírito – quando o desobedecemos, quando não seguimos sua direção, quando quebramos a comunhão, quando proferimos palavras torpes.
b) Temos apagado o Espírito – quando tiramos o combustível que o alimenta: Palavra, oração.
Conclamo a igreja a vivermos no Espírito, a andarmos no Espírito, a seguirmos a direção do Espírito, a exercermos os dons do Espírito, a produzirmos o fruto do Espírito, a sermos cheios do Espírito, a sermos reavivados pelo poder do Espírito! Amém!

O Espírito Santo na Igreja

O Espírito Santo na Igreja 
por 
William Macleod




A obra do Espírito Santo é tão necessária quanto a obra de Cristo. Talvez isto surpreenda você. Mas Jesus diz: ‘É necessário que eu vá: pois se eu não for, o Consolador não virá para vós outros’ (João 16.7). Isto seria um desastre terrível. O ministério do Consolador é essencial. Nos tempos do Velho Testamento a vinda de Cristo era prometida e era intensamente antecipada. E quando Ele por fim veio, prometeu e ensinou o Seu povo a ansiar a vinda do Espírito. Tendo morrido pelos pecados do Seu povo e assim tendo satisfeito as exigências da justiça divina, Jesus ressuscitou ao terceiro dia, ascendendo aos céus no quadragésimo dia após a Sua ressurreição, enviando o Espírito Santo dez dias depois. 
A vinda do Espírito prova que Cristo completou gloriosamente a Sua obra redentora. O Espírito continua e aperfeiçoa a obra de salvação que Cristo iniciou. Ele assim o faz como o braço de Cristo.
João Batista disse: "Eu na verdade batizo com água para arrependimento, porém Aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mat. 3.11). A maioria dos estudos sobre a obra do Espírito trata da sua atividade como indivíduo. A Bíblia, no entanto, vai além da abordagem (atomística) em partes e fala também da obra corporativa do Espírito Santo e é disto que gostaríamos de tratar neste artigo.


1. O Espírito na Origem da Igreja 


Em certo sentido a Igreja já existia no Velho Testamento. Estevão fala da ‘igreja no deserto’ (Atos 7.38). A Igreja consiste no povo de Deus, nascido de novo do Espírito, e salvo pela fé no Messias. Nos tempos do Velho Testamento assim como no Novo, o Espírito aplica a redenção comprada por Cristo aos indivíduos. Existe a Igreja exterior, Israel, e existe a igreja invisível, o verdadeiro Israel, entre os quais não há hipócritas.
Ainda assim algo especial aconteceu no dia de Pentecostes. Naquele dia começou a era do Espírito, e nasceu a Igreja do Novo Testamento, uma Igreja para o mundo inteiro. O ministério público de Jesus foi inaugurado com o Seu batismo com o Espírito. Da mesma forma os seus discípulos têm de esperar até que recebam o batismo do Espírito, que os fará uma Igreja poderosa pronta para ministrar para Deus no mundo. O Espírito veio naquele dia como um som de um vento impetuoso, línguas como fogo pairavam sobre os fiéis, e novos poderes a serem comunicados em línguas estranhas lhes foram dados.
O povo de Deus se tornou uma Igreja que fervia para o Senhor, corajosa, sábia, poderosa e zelosa. Pecadores eram convencidos dos seus pecados e convertidos em larga escala; 3.000 no primeiro dia. Jesus disse "Ele fará obras ainda maiores que estas" (João 14.12), e agora esta difícil palavra de Cristo se torna clara, ao serem muito mais pessoas convertidas do que com a pregação de Cristo. A parábola do grão de mostarda se torna uma realidade quando um pequeno grupo de seguidores se torna uma grande Igreja. O ingrediente vital neste desenvolvimento espetacular é o derramar do Espírito. Apesar de Ele ter trabalhado na Igreja do Velho Testamento, era de uma forma muito mais limitada e restrita. Havia poucos fora de Israel aos quais vinha a graça de Deus. Mesmo em Israel, obviamente, muitos eram não regenerados. Agora, no entanto, Cristo havia morrido, a redenção foi consumada, o dom do Espírito havia sido dado e a Igreja do Novo Testamento começa, equipada para sua grande tarefa de evangelizar o mundo e preparar o povo de Deus para a glória.

2. O Espírito Santo Equipa a Igreja 

Que diferença a vinda do Espírito fez no dia de pentecostes! Os fracos, confusos e amedrontados se tornaram poderosos e destemidos pregadores. Nos tempos do Velho Testamento o Espírito equipou indivíduos para várias tarefas: juízes para julgar (Juízes 6.34); reis para governar (1 Sam. 10.9-10); profetas para profetizar (Ezequiel 2.2); Bezalel construiu o Tabernáculo (Ex. 31.3) etc. No Novo Testamento o Espírito é dado à Igreja, Ele equipa crentes individualmente para sua função dentro do grupo.
A Igreja toda é comparada a um corpo e os indivíduos são membros ou partes diferentes deste corpo. "A um é dada pelo Espírito a Palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento pelo mesmo Espírito", etc (1 Cor. 12.8-9). O Espírito (1Cor 12.11) assegura que a Igreja está plenamente equipada para sua tarefa. Os dons extraordinários passaram, pois o Senhor não os vê mais necessários para a Sua Igreja, mas tudo que se requer para o bem da Igreja é um evangelismo de sucesso eficaz.
Paulo nos diz que Cristo, tendo ascendido aos céus, "deu uns para apóstolos; e outros para profetas; e outros, como evangelistas; e outros, como pastores e mestres; para o aperfeiçoamento dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.11-12). Ele o faz dando o Seu Espírito no dia de pentecostes. O Espírito dá a indivíduos os dons necessários, que eles precisam para cumprir o papel vital dentro do corpo.

3. O Espírito Santo Ensina a Igreja 


"Toda Escritura é dada por inspiração divina" (1 Tim 3.16). "Homens santos de Deus falaram ao serem movido pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21). Deste modo as Escrituras são o produto do Espírito por meio do qual Ele ensina a Igreja. No entanto, o Espírito não apenas dá a Bíblia, mas também abre mentes e corações às suas verdades. Deus dá à Sua Igreja o "espírito de sabedoria e revelação no seu conhecimento: tendo sido iluminados os olhos do vosso entendimento" (Ef 1.11-18). Jesus declara: "O Espírito da verdade vos guiará a toda a verdade..., há de receber o que é meu e vo-lo há de anunciar" (João 16.13-15); "... e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (Jo 14.26); "... esse dará testemunho de mim" (Jo 15.26). O Espírito certifica a Igreja da verdade das Escrituras. Ele nos capacita a dizer "Abba, Pai" (Rom 8.15). João afirma sobre o povo de Deus: "Vós tendes a unção do Espírito Santo e sabeis todas as coisas."
Se cada crente individualmente soubesse todas as coisas, não haveria a necessidade de ter pastores ou comentários da Bíblia. Este versículo deve estar falando da Igreja coletivamente. O corpo de Cristo como um todo e em todas as épocas não precisa de alguém de fora para ensiná-lo. Tudo o que ele precisa saber está na Bíblia, e o Espírito ajuda a Igreja a entendê-la. O Espírito guiou a noiva de Cristo através de várias controvérsias, trinitarianas, cristológicas, etc. A Igreja hoje não deve ignorar o que ela aprendeu no passado, mas sim, construir sobre o que aprendeu. Louvamos a Deus por Ele ter dado um grande mestre à Igreja.

4. O Espírito Santo Governa a Igreja 

Cristo é o cabeça e Rei da Igreja. Cristo, porém, está nos céus. É através do Seu Espírito que Ele governa a Igreja. O Espírito dá dons e equipa indivíduos para ofícios e guia a Igreja para que aponte tais indivíduos. Quando os profetas e mestres de Antioquia ministraram e jejuaram ao Senhor, "o Espírito Santo disse: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2). Dirigindo-se aos presbíteros de Éfeso, Paulo disse: "Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus" (At 20.28). O Espírito também está guiando ativamente o desenvolvimento da obra. Paulo numa certa altura "tendo sido impedido pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia; defrontando Mísia tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu" (Atos 16.6-7).
Foi da vontade do Espírito que o Evangelho fosse pregado na Europa. O Espírito governava e guiava a Igreja naqueles dias de maneira sobrenatural. Hoje em dia Ele trabalha através da Bíblia, da providência e dos pensamentos do seu povo ao orarem pedindo direção. O Espírito também é ativo no exercício da disciplina da Igreja. "O que ligardes na terra será ligado nos céus... pois onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18.19-20). Nós ligamos esta "presença" em primeiro lugar ao culto, mas a sua primeira referência é à disciplina.

5. O Espírito Unifica a Igreja 
O movimento ecumênico tenta unir as igrejas, mas o melhor que ele consegue é apenas uma unidade organizacional, que apenas "passa um verniz" sobre as verdadeiras diferenças. O Espírito, no entanto, verdadeiramente, une todos os cristãos em uma só Igreja. Nesta Igreja não existem hipócritas. A entrada é através de Cristo, a porta. O Espírito trabalha do lado de fora desta união trazendo as pessoas para dentro de maneira irresistível. "Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus" (João 3.5). Este novo nascimento ou regeneração acontece quando o Espírito entra no indivíduo e, habitando nele, assim como ressuscitando-o de um estado de morte espiritual, une-o a Cristo. Estando todos unidos a Cristo, assim estamos também unidos uns aos outros. "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito" (1 Cor 12.13).
Assim como "o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros , sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo" (1 Cor 12.12). Esta unidade que o Espírito produz não é uma unidade mental, mas sim uma unidade real. É uma unidade mística tal como a da Trindade. Jesus ora por esta unidade dentro da Sua Igreja: "que eles sejam um, assim como nós somos um" (João 17.11). Por causa desta unidade essencial, os cristãos devem tentar "esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há somente um corpo e um Espírito" (Ef 4.3-4). Indivíduos dentro da Igreja "como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual" (1 Pe 2.5), "uma habitação de Deus por meio do Espírito" (Ef 2.22). Unidade verdadeira unifica a Igreja invisível e os cristãos têm o dever de dar expressão visível disto ao buscarem unidade profunda na vida e na doutrina.

6. O Espírito Capacita a Igreja a Cultuar 
O culto corporativo é parte vital da vida da Igreja. Como cristãos nós devemos cuidar para que "não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns" (Hb 10.25). Nesta reunião Cristo está presente através do Seu Espírito (Mat.18.20). A congregação confessa a Cristo. "Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! Senão pelo Espírito Santo" (1 Cor. 12.3). O louvor é parte fundamental do culto. O material a ser cantado é descrito como "cânticos espirituais", isto é, cânticos inspirados pelo Espírito (Ef 5.19). A oração também é essencial ao culto. Ela deve ser sempre "no Espírito" (Ef 6.18), de outra forma Deus não vai entendê-la. O papel do Espírito no culto congregacional é expresso por Paulo nas seguintes palavras: "Orarei com o Espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o Espírito, mas também cantarei com a mente" (1 Cor 14.15). Deste modo "se tu bendisseres apenas em Espírito" e o indouto presente na congregação dirá "amém depois da tua ação de tua ação de graças" (1 Cor 14.16).
De modo semelhante a pregação deve ser em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção (1 Tess. 1.5). O culto é morto sem o Espírito. "A letra mata, porém o Espírito vivifica" (II Cor 3.6).
No tempo da Reforma havia muita discussão sobre a natureza da presença de Cristo na Ceia do Senhor. A Igreja Católica Romana argumentava em favor da transubstanciação, isto é, que o pão e o vinho se tornavam o próprio corpo e sangue de Cristo.
A Igreja Luterana ensinava a consubstanciação, isto é, que o corpo de Cristo está com, sob e no pão e no vinho. Por causa da presença corpórea de Cristo, aonde quer que o seu povo esteja tomando parte da ceia os luteranos teriam que argumentar também em favor da onipresença do corpo físico de Cristo, isto é, que ele pode estar presente em mais de um lugar ao mesmo tempo, fisicamente.
A posição reformada é de que o Corpo de Cristo está nos céus e sendo humano pode apenas estar em um lugar de cada vez. Ele está presente na mesa do Senhor através do Seu Espírito. O Espírito Santo é quem nos capacita a louvarmos a Deus de maneira aceitável como congregação do seu povo.

7. O Espírito Santo na Evangelização 

Antes de subir aos céus Cristo deixou a grande comissão com a Sua Igreja: "Ide portanto e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século" (Mat. 28.19-20). Cristo prometeu estar sempre com a Sua Igreja. Ele estava subindo aos céus. A única maneira pela qual Ele pode estar presente é pelo Seu Espírito. No relato dado no livro de Atos Ele diz para que os discípulos não se ausentem de Jerusalém, mas que "esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias" (At 1.4-5). A grande missão de evangelizar o mundo só poderia ser assumida com o poder do Espírito Santo. Quando Ele veio no dia de pentecostes, três mil almas foram convertidas. O "vermezinho de Jacó" trilhará os montes, e reduzirá os outeiros a palha (Isa. 41.14-15).
O Espírito Santo convence os homens do pecado, da justiça e do juízo vindouro (João 16.8). "O vento sopra onde quer" e quando ele toca nas pessoas, levanta-as dos mortos (João 3.8). Os Tessalonicenses se voltaram dos ídolos para servir o Deus vivo e verdadeiro. "...porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção" (1 Tess. 1.5). Cristo disse: "E sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16.18). Ele faz isso por meio do Espírito Santo, que é vital para o programa de evangelização da Igreja.


8. O Espírito Santo Reaviva a Igreja
"É claramente observável que desde a queda do homem até nossos dias, a obra da redenção em seu efeito tem sido levada adiante principalmente por meio de comunicações extraordinárias do Espírito de Deus. Mesmo que haja uma influência mais constante do Espírito de Deus sempre em alguma medida aguardando as Suas ordenanças, ainda assim, o meio através do qual as maiores coisas têm sido feitas no sentido de concretizar esta obra, sempre foi por meio de efusões extraordinárias em períodos especiais de misericórdia." Esta foi a conclusão de Jonathan Edwards (História da Redenção, Período I, parte 1).
Num reavivamento, uma Igreja seca e sem vida é despertada. O Espírito Santo traz novo arrependimento, oração e zelo. Deste modo ele reanima os membros que esmorecem e às vezes realmente começa um fogo (como de uma floresta em chamas). O Espírito é entristecido pelo pecado. Ele retira a Sua presença por causa dos ídolos, materialismo, mundanismo e falta de oração que vê na Igreja. Ele permanece fora até que o povo de Deus se arrependa. Nós não nos arrependeremos até que Ele volte como o Espírito da graça e de súplicas (Zacarias 12.10). Aí, sim, a Igreja de fato se arrepende e experimenta "a vida após ter estado morta" que é a essência do verdadeiro reavivamento (Rom. 11.15). Os cristãos são separados do mundo. A evangelização se torna efetiva. O temor de Deus desce sobre comunidades inteiras.
É disto que precisamos hoje, sem dúvida. Estamos no primeiro século desde a Reforma durante o qual não tem havido um reavivamento de grande escala na Grã-Bretanha e no Reino Unido (muito menos no Brasil – nota do editor). Nosso dever é de estarmos conscientes da nossa necessidade de que o Espírito reavive a Igreja, equipando-a para sua tarefa, instruindo, governando, unificando o corpo e trazendo verdade ao nosso culto e sucesso à nossa evangelização. A pregação da Palavra de Deus precisa ser "em demonstração do Espírito e de poder". 

Fonte: Retirado da Revista Os Puritanos
Ano VII – No. 3 – Julho/Agosto/Setembro/99
O Espirito Santo